Goteira
Indy naíse
Hey gota suada de chuva que cai
Na cova magra da minha clavícula
Despenca e passa e desce e flui
Na cova magra da minha clavícula
Despenca e passa e desce e flui
Porção molhada de água contorna o
Desenho da minha barriga
Me afaga excita e me seduz
Me lava, me lava, a lava esfria os rubros
A lava vermelha, tão quente esse absurdo
Me leva me leva no orvalho desse arbusto
Me eleva, releva o plano desses moços
Vai chover, vai chover aqui
Vai chover, vai chover aqui
Vai chover, vai chover aqui
Por dentro
Uma nuvem cinzenta
Vem anunciar que uma chuva
Sem fim vai cair
Nos telhados dessas ocas
Dos buracos das barracas
Uma água gelada chega para abrandar
Uma ânsia que nunca se aquieta
Nos meus dedos serpenteia
Nas falanges, sobrancelhas
Vai chover, vai chover aqui
Vai chover, vai chover aqui
Vai chover, vai chover aqui
Por dentro
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