A poesia quer vida
Irmandade famíliaNão posso mais fazer as batidas
Mas a mente é insistente
Alimente, poesia quer vida
Que se danem as maquinas
Você tem um violão
Vai querer alguém pra te acompanhar?
Melhor não
A não ser que ele entenda
Que eu não quero renda
Não quero ficar famoso com o que canto
Poesia me alimenta
Não é so uma ferramenta
Para impressionar garotas
É pá pra tapar buraco
Dessas mentes ocas
Que direcionam a poesia
Para ostentação
Carango, roupa de marca
Mulheres de coleção
Minha coleção é outra
E pra você não tem valor
São as palavras dos livros
Que estão na estante do vovô
E eu vivo vou
Usando a musica como metralhadora
Lembrando de che guevara
Contra a maquina opressora
Do mundo capitalista
Que transforma os bons artistas
Em produtos de sua linguagem
Podre consumista
Que ventem a sua alma
Em propagandas de bebida
Que é a droga que mais mata
Mas paga sua visita
O que adianta você dizer
Que já matou o presidente?
Se multinacionais promovem o seu show
E você se vende
Eu tô fora desse brilho
Eu deixo é pra vocês
Que gostam de ser aplaudidos
Se acham a bola da vez
Alimentam o seu ego
Mais continuam cegos
Transformando em modinha
Tudo aquilo que pregam
Por isso não me preocupo
Em primar por qualidade
Me assiste e ouve quem quer
Não tô nem ai pra likes
Meu computador quebrou
Não posso mais fazer as batidas
Mas a mente é insistente
E eu alimento, a poesia quer vida