Viver e morrer
Jair blochAgora é privilégio da terceira idade
Terceira idade de que um dia farei parte
Se conseguir viver e morrer na mesma cidade
Eu sou vizinho de tanta gente de traços diferentes dos meus
Que cospem na minha cara beijam os meus pés
E querem que eu beije os seus
Tantas cabeças pequenas tantos bolsos cheios
Mas os vazios ainda são maioria que perdem o pão de cada dia
Bem-vindo à selva capital da imigração
Pousar e decolar é rotina de todo avião
Contando calendário e aniversário sem lágrima sangue ou perdão
Viver e morrer é arte e destino do cidadão
Contando calendário e aniversário sem lágrima ou sangue nas mãos
Viver e morrer é arte e destino do cidadão
Como na fila de um banco viver e morrer na mesma cidade
Agora é privilégio da terceira idade
Eu sou vizinho de tanta gente de traços diferentes dos meus
Que cospem na minha cara beijam os meus pés
E querem que eu beije os seus
Tantas cabeças pequenas tantos bolsos cheios
Mas os vazios ainda são maioria que perdem o pão de cada dia
Bem-vindo à selva capital da imigração
Pousar e decolar é rotina de todo avião
Porque na selva se escutam tiros são as armas dos pobres
Os gritos e latidos
Na selva se escutam tiros são as armas dos pobres
Os gritos dos latinos