De branquidão hospitalar
Jair naves
No cômodo abafado, de branquidão hospitalar
via-se um mar de rostos borrados tentando te acordar
Você zombava desse empenho, da proteção que eu ofereci
um demônio enfermo de quem eu não consigo me despedir
via-se um mar de rostos borrados tentando te acordar
Você zombava desse empenho, da proteção que eu ofereci
um demônio enfermo de quem eu não consigo me despedir
Delirante, queimando em febre, você buscou a minha mão
A esse poder que você exerce eu nunca soube dizer não
Ela reagiu como se possuída
por um espírito ruim
Dizendo "prepare-se pra uma guerra, eu não respondo mais por mim"
E eu, tão impressionável,
me apaixonei
Eu me apaixonei,
eu me apaixonei
O que eu mim você reconhece, eu reconheço em você (não estou só)
O gosto da sua pele, as fraquezas que eu tento esconder (não estou só)
Quando eu menos esperava, a vida não falhou em me surpreender (não estou só)
Nada mais me entristece agora que eu encontrei você (não estou só)
Quando eu menos esperava, a vida não falhou em me surpreender (não estou só)
Nada mais me entristece agora que eu encontrei você (não estou só)
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