Incêndios (o clarão de bombas a explodir)
Jair navesO choque do que virá a seguir
Purgatório inabitável,
Durma ao clarão de bombas a explodir
Você já acorda cansado
Indisposto para o que há de vir
Um tanto condicionado
A não ver nada de bom para si
O conselho mais sábio
Que já endereçaram a mim:
Não se sinta solitário
A sua angústia é a de tantos por aí
Eu tentei não desmoronar
Tentativa e erro, fechou-se o cerco
Eu tentei não desmoronar
Só me resta tentar
Dentro de mim, um incêndio
Uma guerra em que ninguém pode intervir
Minha própria cabeça a prêmio,
Heróico é o simples ato de existir
Nem eu mesmo entendo
Exatamente o que me prende a ti
Eu te amo há tanto tempo,
Mais do que eu posso admitir
Eu tentei não desmoronar
Tentativa e erro, fechou-se o cerco
Eu tentei não desmoronar
Só me resta tentar
Polido e formal,
Um aceno impessoal
Riso artificial,
Qualquer assunto banal
Dois minutos ao sol
Queimaduras de terceiro grau
Nada mais natural,
Dois minutos exposto ao sol
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