Tambor de couro
Jane duboc
Pro João Gomes eu mandei um verso antigo
Dizendo: poeta é como chama
Acende a lamparina no calendário das luzes
Outro azul que me ilumina
No ver da gilva eu vi você saindo
Eu vi você sumindo pro Iriri de vez
No ver da gilva eu vi você saindo
Eu vi você sumindo pro Iriri de vez
Dizendo: poeta é como chama
Acende a lamparina no calendário das luzes
Outro azul que me ilumina
No ver da gilva eu vi você saindo
Eu vi você sumindo pro Iriri de vez
No ver da gilva eu vi você saindo
Eu vi você sumindo pro Iriri de vez
De madrugado canta o galo anunciando
Que o dia já vem raiando
E tá na hora de acordar
Parece a força da maré numa reponta
Parece o rasgo na campina do Encantado
Parece o cabo da viola ponteando
Na mesma jura aquele anel dedilha o aço
Levanto o macho e vou contar pra Ilha escura
Vou fazer procura
Vou fazer Bumbá
Levanto o macho e vou contar pra Ilha escura
Vou fazer procura
Vou fazer Bumbá
Bumbando o Norte no capim das água grande
Nas cores da violeta que o sol vem alumiar
Eu canto e o meu tambor de couro alucina
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