Desencanto
JaneiroQue o tempo que já deixaste passar
Reflete muito acerca da tua personalidade
E da tua verbalidade, não tenho nada a afirmar
Não escreves poemas, mas citas Pessoa a bailar
Às vezes, dizes tanta merda
Embora, não saiba viver sem ti
Acho que sais fora de mim
Então, fazemos assim
Não entendes que o meu desencanto
Reside em não estares aqui
E tu, sentada em casa, descansada
Não tanto a escrever, mas mais a ler
Tu, despreocupada, com a figura que dizes ter
E nem num momento, em mim o pensamento
Às vezes, dizes tanta merda
Embora, não saiba viver sem ti
Acho que sais fora de mim
Então, fazemos assim
Não entendes que o meu desencanto
Reside em não estares aqui
Para ti, cá estou eu, mais uma vez
Impotente e a escrever, sem poder te tocar
Nem pensar
Só porque continuas a teimar
Que esta cidade não é de apaixonar
Às vezes, dizes tanta merda
Embora, não saiba viver sem ti
Acho que sais fora de mim
Então, fazemos assim
Não entendes que o meu desencanto
Reside em não estares aqui