Jennifer magnética

Intermédio

Jennifer magnética
Eu sinto raiva
desse desespero.
Eu me demoro
no meu sofrimento

Engulo em seco o nó na garganta
que eu mesmo criei.
Não suporto meu meio de viver
sempre ao intermédio.

Eu preparo
o meu próprio epitáfio.
No descaso,
sinto-me em pedaços.
Meu coração deseja o que o corpo não consegue fazer.

Não suporto não saber dizer não
e fico ao intermédio.

Seria tão mais fácil se eu simplesmente aceitasse
ou negasse de vez, mas não.
É o meio que eu pertenço.
É o meio que eu pertenço.

Se eu não gosto,
eu logo faço nada.
Me consumo
com a boca fechada.
Nego meu instinto selvagem que me diz p'ra gritar.

Corto os pulsos da minha vontade
e sigo ao intermédio.

Seria tão mais fácil se eu simplesmente aceitasse
ou negasse de vez, mas não.
É o meio que eu pertenço.
É o meio que eu pertenço.

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