Jô queiroz

História de um vaqueiro

Jô queiroz
Quando criança voava montado num alazão
Quem no galope o via
Na mesmo hora dizia
Nasceu pra ser campeão.

E o menino foi crescendo nas caatingas do sertão,
Quebrando galhos no peito, pegando gado de mão.
Na vaquejada que foi
Pegou no rabo do boi
Deixou o bicho no chão.

Ganhou dinheiro e fama nos anos em que foi vaqueiro
Se livrou de muito tombo, escapou de boi traiçoeiro
Festa que participou,
Acredite locutor
Em todas foi o primeiro.

Querido pelos mais velhos, adorado pelos moços
Conhecido no nordeste pela garra, fé e esforço.
Mas o nó cego da paixão
Amarrou as suas mãos
Coração, pé e pescoço.

Namoradas teve muitas em cada chão que pisou
Foi com a faixa da paixão que cada uma laçou.
O sertanejo não mente,
Ta germinada a semente
Que o boiadeiro plantou.

Bom conquistador se envolve com mulher de fazendeiro
Dos coiçes que já levou esse foi o derradeiro.
Se foi com pouca idade
Deixou retrato e saudade
E a historiade um vaqueiro.
Se foi com pouca idade
Deixou retrato e saudade
E a historiade um vaqueiro.


Cego de raiva, com ira, o fazendeiro atira
E quando o peão se vira, já não tem mais reação,
As redeas solta das mãos
É a historia escrita a fundo
Nem o homem maior do mundo
Se livrou da traição.

Amigos homenageia quem foi grande companheiro
Mas o encanto de uma mulher lhe fez sair do roteiro
Se foi com pouca idade
Deixou retrato e saudade
E a historiade um vaqueiro.

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