Senhora de mim
João fogliatto
Minha força já me faz
Reviver em paz.
Um passado de sonhos,
A dor despida fará.
É a vida tão ímpar
Vestida de par.
Reviver em paz.
Um passado de sonhos,
A dor despida fará.
É a vida tão ímpar
Vestida de par.
Com queixas de ninguém,
Um silêncio incerto
Perto de ti
Consome qualquer solidão.
E a minha memória,
Senhora de mim,
Não teria hora nem fim.
Agora a palavra que aguarda a tua voz
É a mesma que esquece parte de nós.
Como se a vida passasse pela janela
Enquanto a gente se espera a sós.
E se os nossos sonhos fossem prévias do que hoje sou,
Num sono frágil, eu perderia o medo em algum lugar.
E se a força que te acorda for o tempo que passou,
Eu, que sou ímpar, serei teu par.
Agora a palavra que aguarda a tua voz
É a mesma que esquece parte de nós.
Como se a vida passasse pela janela
Enquanto a gente se espera a sós.
A sós.
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