Alcântara divina, o cantar de cantarias
João neto
Tapuitapera eu vou cantar
Com a explosão da minha bateria
Viaja meu catamarã
Para Alcântara Divina, na Baia de Cumã
Com a explosão da minha bateria
Viaja meu catamarã
Para Alcântara Divina, na Baia de Cumã
Divino, és reverenciado
No consagrado toque das Caxeiras
Salve a Tribuna do Império
Tão coroada em ritual
Um relicário de fé tradicional
A Turma do Quinto conta nesse carnaval
E assim, ressurge em glória
Celeiro de história, de lutas e lendas
Na miscigenação
As três raças, um só coração
Canta minha vila
É a Madre Deus em devoção
Do arraial de são Matias
Aos caminhos da Paixão
De noitinha a nossa procissão
Um sarau de cantarias
Sob a luz do candeeiro
Nas ruínas do Palácio Negro
É de manhã, meu catraeiro
No Porto do Jacaré
Crioula vem pungar no meu terreiro
Lá na Matriz, Pelourinho a lamentar
Já erga o mastro senhor ô ô!
Bandeiras vão tremular ê ah!
Pelas ruínas da Rua da Amargura
O Imperador aqui há de chegar
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