O pinguço da porteira
Joaquim e manuel
Quando eu embriagava no boteco do Tibúrcio
Ele sempre me falava: Com você não tem recurso
A molecada gritava: Corre, vem ver o pinguço
Eu ali cambaleando logo caia de bruço
E quando chegava em casa encontrava no portão
A mulher muito nervosa com a vassoura na mão
Passa pra dentro pinguço seu patife e beberrão
Ela dormia na cama e eu dormia no chão
Ele sempre me falava: Com você não tem recurso
A molecada gritava: Corre, vem ver o pinguço
Eu ali cambaleando logo caia de bruço
E quando chegava em casa encontrava no portão
A mulher muito nervosa com a vassoura na mão
Passa pra dentro pinguço seu patife e beberrão
Ela dormia na cama e eu dormia no chão
Nos botecos dessa vila muitas pingas já tomei
Entre copos e garrafas quantas noites eu passei
Deitado lá na calçada certo dia acordei
Estava um sol bem quente me chamaram, levantei
Todo sujo de poeira com a garrafa na mão
Vi uma velha chorando quis saber qual a razão
Eu choro por sua causa e por todos beberrão
Quem matou o meu filhinho foi cachaça com limão
Hoje eu passo lá na rua vejo o boteco fechado
Seu Tibúrcio me levou pra associação do estado
De combate ao alcoolismo já estou recuperado
Pra todos que me ajudaram vai o meu muito obrigado
Depois que deixei da pinga muita gente me estranha
A família está feliz a mulher ficou risonha
Homem que bebe cachaça bebe e dorme mas não sonha
Perde o amor e a saúde o dinheiro e a vergonha
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