Para os que tem campo na alma
Jorge abreu
A grito e cusco, trago a eguada pra mangueira
Quebro o sereno nas patas do meu rosilho
Volteada certa nas manhas desta fronteira
Pingos em forma esperando seus destinos
Quebro o sereno nas patas do meu rosilho
Volteada certa nas manhas desta fronteira
Pingos em forma esperando seus destinos
Buças, cabresto, olhar firme, chapéu tapeado
O capataz escolhe "o trote" de sua confiança
Campeiro antigo, destes que entende um cavalo
De doma, campo, e qualquer lida da estância
Com o sol por diante recorrendo às invernadas
Revisando o gado neste meu mundo de Deus
Quem tem na alma e faz do campo sua estrada
Sabe onde pisa e valoriza onde nasceu
Com o sol caindo e a estância pela frente
O serviço feito e uma sede pra um mate
Termina o dia e mais um homem valente
Ao pé do fogo, no aconchego do seu catre
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