Dois irmãos
Jorge de altinho
Minha mãe teve dois filhos frutos de amor e paixão
Brincamos crescemos juntos a margem do riachão
O destino separou ele foi ser um doutor
E eu fiquei para ser peão
Hoje quando passa um carro pra cidade a rodar
Meus olhos se enchem de água e dá vontade de chorar
Separação é sentença com certeza ele pensa
Um dia em qualquer voltar
Eu já mandei uma carta e ele me respostou
Dei um aboio na serra que a boiada parou
Essa terra vale ouro
Não dou meu chapéu de couro no seu nome de doutor
Quando tem forró por perto uma novena ou cantoria
Sinto logo sua falta era minha companhia
Pensando no tabuleiro se encosta no travesseiro
E ver amanhecer o dia aqui no céu azulado
Vejo o vôo do gavião pelas nuvens de fumaça
Ele vê o avião na luz daquela cidade
Não encontro a claridade do luar do meu sertão
Eu risco no meu cavalo ele risca no papel
Ele faz conta pras provas já eu conto meus troféus
Faculdade não me agrada
Minha luva de vaquejada eu não troco em seu anel
Ele pensa em se formar já eu penso em formar pasto
Ele conhece das letras do gado eu conheço o rastro
Tenho orgulho em lhe dizer
Que o boi pode se perder que dá trabalho, mas acho!
Cada um tem seu destino tem a sua profissão
Eu nasci pra ser vaqueiro doutor é o meu irmão
Assim vivemos no sonho de volta a tomar banho
Nas águas do riachão
Brincamos crescemos juntos a margem do riachão
O destino separou ele foi ser um doutor
E eu fiquei para ser peão
Hoje quando passa um carro pra cidade a rodar
Meus olhos se enchem de água e dá vontade de chorar
Separação é sentença com certeza ele pensa
Um dia em qualquer voltar
Eu já mandei uma carta e ele me respostou
Dei um aboio na serra que a boiada parou
Essa terra vale ouro
Não dou meu chapéu de couro no seu nome de doutor
Quando tem forró por perto uma novena ou cantoria
Sinto logo sua falta era minha companhia
Pensando no tabuleiro se encosta no travesseiro
E ver amanhecer o dia aqui no céu azulado
Vejo o vôo do gavião pelas nuvens de fumaça
Ele vê o avião na luz daquela cidade
Não encontro a claridade do luar do meu sertão
Eu risco no meu cavalo ele risca no papel
Ele faz conta pras provas já eu conto meus troféus
Faculdade não me agrada
Minha luva de vaquejada eu não troco em seu anel
Ele pensa em se formar já eu penso em formar pasto
Ele conhece das letras do gado eu conheço o rastro
Tenho orgulho em lhe dizer
Que o boi pode se perder que dá trabalho, mas acho!
Cada um tem seu destino tem a sua profissão
Eu nasci pra ser vaqueiro doutor é o meu irmão
Assim vivemos no sonho de volta a tomar banho
Nas águas do riachão
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