José fortuna

Coração de homem

José fortuna
No terreiro a festança fervia quando antônio e chiquinha casavam
Sem saber que mané floriano do escuro seus passos rondava
Floriano jurou que matava a chiquinha que ele queria
Porque não quis casar-se com ele nem com outro casaria

E na hora da valsa dos noivos duas balas certeiras partiam
Derrubando os noivos sem vida sobre o sangue abraçados morriam
O assassino foi embora deixando pelas balas dois peitos varados
Como juntos se amaram e morreram foram juntos sepultados.

Deste fato passou muitos anos e o lugar ficou mal-assombrado
Diz que a noite uma valsa se ouve, lá naquele casebre largado
É a lenda da valsa dos noivos, que antônio e chiquinha dançaram
Numa noite feliz do passado, quando eles se casaram.

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