A zé (zé brás)

Zé queria viver bem
E ter tudo de bom que a vida tem
Queria ser um industrial
Ter carro do ano, cheque especial
E só rezava o tempo inteiro
Fazendo promessas para ter dinheiro
Quando eu me for, ar vou trabalhar como chefe
Pensava José: Diploma engrandece
Zé queria ser alguém
Porque já cansava de ser zé ninguém
E aos 15 anos de idade
Estava pronto para a faculdade

Um dia eu vou ter vida descente
Pois o meu canudo me fará gente
José sonhava em ser o maior
E estudava de sol a sol

Já formado ele batalhou
Um bom emprego, mas não o encontrou
E sempre com o diploma na mão
Pobre José não tinha pistolão

O que depois de tantas lutas
De humilhações e de disputas
Do trampo que sonhava antes
Mal acabou como um vigilante!

Zé, zé, zé, zé descente
Prepara a marmita e corre para o batente
Zé, zé, zé, zé Juão
O aluguel já venceu e mais uma prestação
Zé, zé, zé, zé Brasil
A cabeça tá cheia, mas o bolso vazio
Zé,, zé, zé – zé. Zé, zé, zé, seu zé
Zé,, zé, zé – zé. Zé, zé, zé, pois é