Josildo sá

Aventuras

Josildo sá
Fui bastante sincero com você
Dei um pouco de credo as suas juras
Nosso tempo foi curto mas rendeu
Muito além do quintal das criaturas
Apesar dos receios e temores
Como dois estreantes amadores
Tendo medo das próprias aventuras

O bulício da brisa nos lençóis
O espelho do sol nos azulejos
Os impulsos dos tensos corações
Gotejaram a bica dos desejos
Testemunhas de fatos ocorridos
A parede guardou nos seus ouvidos
Os estalos sutis dos nossos beijos

Nada mais importava além daquilo
Pelo afeto, carinho e harmonia
No seu colo macio eu me deitava
Nos meus braços, você adormecia
Mas sonhava de um jeito acordado
Como água caminha para o mar
Fomos feitos pra nós naquele dia

Nossa estrela foi breve, mas foi bela
Bem vivida com muita intensidade,
Era o dia do fico, mas eu fui
Obrigado a partir contra vontade
Sem que um pouco de graça visse em nada
Como abelha sem favo, embriagada,
Na resina do caule da saudade

Deixei marcas de mim pelo seu corpo,
O formato da face no teu seio,
Ao encontro da minha boca úmida
Sua boca faminta também veio,
Ao quebramos recordes da censura,
Onde houver uma história de aventura,
O capítulo da nossa está no meio

Quase um sonho, porém realidade
Inda pouco, mas deu muito prazer
Você foi, você é, você será
O motivo maior do meu viver,
Seiva doce, da fruta proibida
A história de amor por nos vivida
Vai ser muito difícil de esquecer

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