Missiva à casa grande
Jota ghetto
Já foi mais difícil
Já foi mais suplício
Muito mais sacrifício
Não deixar que seus projéteis me causassem orifícios
Conseguir que dois ou três não fossem pro sacrifício
Mas cada menosprezo é chibata que arde
Liberdade pro meu povo eu quero em level hard
Viva a favela, perdão Mandela
Sou até pacífico
Mas se acusar doméstica foda-se e ja era
Caras bonitinhas espíritos de sinhás
Continuam com fetiches de nos dar nas cozinhas
E seus irmãos nos acusar de roubo
Reciclando pros meus irmãos calabouços
Seus laboratórios criam pragas
Pra que se viciem e prendam Rafaeis Braga
Seus pais me dizem não há vaga
Nois em biqueira paga
Noiz em calçada você nega rango enquanto passa baba na baga
Tão bagunçando meu terreiro
Não entendo a Casa grande achar que o quilombo é Rave meu parceiro
Nós somos reis meu parceiro
Discordo que o camburão seja um navio negreiro
Ele é o barco de Hades com os meus olhos sem moedas
É o nosso Bentley pro inferno, essa que é a merda
Negreiro é o busão que so te leva pra trampar nunca pra passear
De sábados e domingo fique na sua senzala
Eu sei da cara dos soldados que marcaram minha cara
Eu sei a cara dos racistas que riram na minha cara
Sei o nome e a data de quem roubou meu jazz
O carro a placa e a casa desses infieis
A lista é grande de quem se apropria
Quem desrespeita meu batuque pra falar de orgia
Sei quanta tinta preta tá colorindo cela
Enquanto vocês tiram roupa velha de favela
Podendo acordar tarde com papaicard
Loucos de Bacardi terça-feira a tarde
Nós chamam de neguinho tendo quarenta
CE sabe quem tem MD?
Isso nos violenta
Orô não é festa, vaza, filha da puta
Não puxe a peça pra minha raça, filho da /puta
Respeite quem deixou de dar o peito pro próprio filho
Pra que o seu crescesse com saúde até pular num trilho
Achando que
Podia podia voar
Achando que podia zoar de subalterno o dono Preto do bar
É difícil achar oque aconteça? E
Do meu lado é difícil achar que essa
Corrente se arrefeça
Eu quis saber e olhei pra trás
Ce quis viver e olhou pra frente
Tá osso achar que vai me avaliar pelos dente
Aviso: As barras quel construímos
Você não vai cantar pra disfarçar suas atitudes de racismo
Quem é o macaco aqui? Senta e me escuta
Respeito e cala a boca na mesma frase não se junta
Seu café caro foi meu pé rachado
Sua roupa cara? Algodão de
Carnaval roubado pretas morrem no tanque
Boy cusao chapado na bica é stress constante
Não sou vilao pq eu quis
Vc é cusao pq quer
Seja no estoro ou sem ouro
Sou preto onde eu tiver
É natural puce frequentemente
Criticar minhas corrente
Mas se for algema ce fica contente
Ce vai ficar doente
Quando eu catar minha moeda
E o corpo preto vai ta cheio de corrente
Sei com quem conto
E esse é o desconto
Pelo mal que fez meu povo agir como tonto
Por seculos e seculos mas
Agora chega
Não nasci p te servir
Eu vim pra virar a mesa
Já foi mais suplício
Muito mais sacrifício
Não deixar que seus projéteis me causassem orifícios
Conseguir que dois ou três não fossem pro sacrifício
Mas cada menosprezo é chibata que arde
Liberdade pro meu povo eu quero em level hard
Viva a favela, perdão Mandela
Sou até pacífico
Mas se acusar doméstica foda-se e ja era
Caras bonitinhas espíritos de sinhás
Continuam com fetiches de nos dar nas cozinhas
E seus irmãos nos acusar de roubo
Reciclando pros meus irmãos calabouços
Seus laboratórios criam pragas
Pra que se viciem e prendam Rafaeis Braga
Seus pais me dizem não há vaga
Nois em biqueira paga
Noiz em calçada você nega rango enquanto passa baba na baga
Tão bagunçando meu terreiro
Não entendo a Casa grande achar que o quilombo é Rave meu parceiro
Nós somos reis meu parceiro
Discordo que o camburão seja um navio negreiro
Ele é o barco de Hades com os meus olhos sem moedas
É o nosso Bentley pro inferno, essa que é a merda
Negreiro é o busão que so te leva pra trampar nunca pra passear
De sábados e domingo fique na sua senzala
Eu sei da cara dos soldados que marcaram minha cara
Eu sei a cara dos racistas que riram na minha cara
Sei o nome e a data de quem roubou meu jazz
O carro a placa e a casa desses infieis
A lista é grande de quem se apropria
Quem desrespeita meu batuque pra falar de orgia
Sei quanta tinta preta tá colorindo cela
Enquanto vocês tiram roupa velha de favela
Podendo acordar tarde com papaicard
Loucos de Bacardi terça-feira a tarde
Nós chamam de neguinho tendo quarenta
CE sabe quem tem MD?
Isso nos violenta
Orô não é festa, vaza, filha da puta
Não puxe a peça pra minha raça, filho da /puta
Respeite quem deixou de dar o peito pro próprio filho
Pra que o seu crescesse com saúde até pular num trilho
Achando que
Podia podia voar
Achando que podia zoar de subalterno o dono Preto do bar
É difícil achar oque aconteça? E
Do meu lado é difícil achar que essa
Corrente se arrefeça
Eu quis saber e olhei pra trás
Ce quis viver e olhou pra frente
Tá osso achar que vai me avaliar pelos dente
Aviso: As barras quel construímos
Você não vai cantar pra disfarçar suas atitudes de racismo
Quem é o macaco aqui? Senta e me escuta
Respeito e cala a boca na mesma frase não se junta
Seu café caro foi meu pé rachado
Sua roupa cara? Algodão de
Carnaval roubado pretas morrem no tanque
Boy cusao chapado na bica é stress constante
Não sou vilao pq eu quis
Vc é cusao pq quer
Seja no estoro ou sem ouro
Sou preto onde eu tiver
É natural puce frequentemente
Criticar minhas corrente
Mas se for algema ce fica contente
Ce vai ficar doente
Quando eu catar minha moeda
E o corpo preto vai ta cheio de corrente
Sei com quem conto
E esse é o desconto
Pelo mal que fez meu povo agir como tonto
Por seculos e seculos mas
Agora chega
Não nasci p te servir
Eu vim pra virar a mesa
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