Jotachina

Trigésima quinta

Jotachina
Olhares secos me secam ao cair da tarde
Folhas secas de outono caindo pela cidade
O sol já baixo, quase já se pondo
E eu sentado, observando e compondo

Pensando em como vem
Pensando em como vai
Pensando que a vida é pesada, difícil, complicada
Por isso sempre levante sua guarda

Parceiro, tanto faz
O outro tem e você corre atrás
O que veio de mão beijada não tem valor
Perto daquilo conquistado por quem lutou

Não fica parado, tome um rumo na sua vida
Não deixe que o tempo passe e você não viva
Siga leve, releve o que não te eleve
Play no rec, logo menos sai as track

Alquimista do jogo, preparando porções de poções
No cardápio de improvisações
Jogadas do quinto andar do prédio
Só por ser largado não tem crédito

Não tem débito, mas tem mérito
Não é bélico, mas é efetivo
O doutor, por favor
Me libera rapidinho, sou apenas morador

Do gueto ou la no asfalto
Ou então, morando no mato
Papo reto igual pista de drag
Sem proceder a ideia faz curva e o carro bate e perde

Bate perde, apaga e tá no microondas
Quando ele foi ver, só tinha ondas
Só tinha as onças, só tinha as responsas
Teve umas sonsas, hoje em dia tem a minha dona

O destino é uma coisa foda
Sempre nos surpreende de todas as formas
Em todas as voltas, as vezes nos faz bem
Só que outras vezes, faz um mal também

Momentos, viagens, pensamentos lentos de passagem
Lamentos, crocagens, sentimentos me trazem coragem
Pensamentos lentos, sinto ao soar do vento
Momentos se vão com o passar do tempo

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