Rodeio de caipira
Juca terra e joão melãoQuando o café valia ouro de verdade
Rio do Ó, que era lugar de esperança
Hoje é lembrança no meu peito, é só saudade
Saudade de um lugar abençoado
Onde eu vivi com meus pais e meus irmãos
Marcou demais minha vida meu passado
Feliz eu fui naquele pedaço de chão
Tempo que se foi não volta mais
Como as águas que rolaram rio a fora
Lembranças nunca ficam para trás
Está comigo e machuca toda hora
Mês de setembro nas manhãs de primavera
Um lençol branco que cobria a fazenda
Flor do café desabrochando na guinera
Como uma noiva com seu vestido de renda
Era gostoso ver papai indo pra roça
Numa alegria subindo o carreador
O seu amor pelo café e a força bruta
Com muita luta derramava seu suor
Tenho saudade das noites enluaradas
Das batucadas e das festas no terreiro
Uma viola uma sanfona, um violão
E as canções que cantei com os companheiros
O rio do Ó hoje está triste abandonado
Porque não moro mais lá e nem meus irmãos
Marcou pra sempre minha vida meu passado
Ficou eterno dentro do meu coração