Brasileiros 2015
JudejoParecendo ditadura
Nossa gente sem cultura
O presidente eu tô dura, tô dura
Um sorriso e um rosto novo
Viajam dentro de um ovo
Dão a volta no futuro
E o povo bem mais duro
Não tem como trabalhar
Não tem grana pra comprar
Não tem pão não tem mais dente
Educação só indigente
Não tem chão nem com seca pra arar
Todos sentados esperando
Que Deus leve suas almas
Não tem sonho pra sonhar
E o pai se orgulha do filho
Dono do morro, dono da lama
Em pensar que estava indo
O Brasil evoluindo
Tinha gente se instruindo
Tinha até bolsa família
Tinha ticket refeição
Tinha água na torneira
Tinha gente viajando
Tinha um rio de esperanças
Tinha jovem e criança
E um velho bem tratado
Hoje tudo está mudado, presidência e assistência
Presidência de demência, presidência de demência
Todos sentados esperando
Que Deus leve suas almas
Não tem sonho pra sonhar
E o pai se orgulha do filho
Dono do morro, dono da lama
Coisa triste ver um povo
Tão alegre e jocoso
Ser vendido assim pro mundo
Futebol carnaval, os minérios do pré sal
Nada nosso, nada nosso
Todo povo foi roubado
Corroído pelos ratos
Comidos por corrupção
Delação premiada pros ladrões caras lavas
Pobre loco amedrontado
Agora encarcerado
Chora pela injustiça
Levaram o Porsche, o Lamborghini e o Jaguar
Todos sentados esperando
Que Deus livre suas almas
Não tem sonho pra sonhar
E o pai se orgulha do filho
Dono do morro, dono da lama
Para mim isso é pouco
Tá todo mundo tão louco
Todos loucos pra matar
Eu mesma atiraria na história dessa história
Ninguém deles deveria ter direito a alforria
Vai o Lula vai a Dilma
A galera do terninho
Empreiteiras e joguinhos
Fazer suco dessa gente
Ou até um detergente
Quem sabe um bactericida
Ou até inseticida
Para de uma vez matar
(E nada a temer)
Todos sentados esperando
Que Deus leve suas almas
Não tem sonho pra sonhar
E o pai se orgulha do filho
Dono do morro, dono da lama
Como seria lindo com todo esse cenário
De Brasil, praias, canários
Toda gente com salário
Todo o povo solidário
Ninguém mais tão solitário
O mais lindo
Não ter mais nenhum garimpo
Comer frutos, colher flores, ter de novo aquelas cores
De comida bem sadia sem o S de embutidos
Sem tantos pis e controles
Sem mentiras pra esconder
Detonando o poder
Sem mentiras pra esconder
Detonando o poder
Todos sentados esperando
Que Deus lave suas almas
Não tem sonho pra sonhar
E o pai se orgulha do filho
Dono do morro, dono da lama
Como seria lindo o nosso Brasil sorrindo
Com a gente escutando
A mensagem de um canto
Bem bonito e inteligente
Sem tanta voz estridente
Que da dor até na mente
Ninguém vê o que eu vejo
O mal desse sertanejo
Uma música barata
Que fala de abrir a lata
Comer cinco ou seis gatas
Isso tudo é pra enganar
Está dentro da história
Circo e pão para escória
Pra cultura desabar
Todos sentados esperando
Que Deus livre suas almas
Não tem sonhos pra sonhar
E o pai se orgulha do filho
Dono do morro, dono da lama
Coisa feia tudo isso
Tudo está dentro de tudo
Eu me calo e fico mudo
Mas escrevo assim mesmo
Desabafo um despejo
Acho que não tem mais jeito mesmo
Mas quem sabe um dia volto
Para um gigante ver minha própria morte
Força, justiça, beleza e que renasça a natureza
Pra nada disso explodir
O planeta não explodir
Todos sentados esperando
Que Deus leve suas almas
Não tem sonho pra sonhar
E o pai se orgulha do filho
Dono do morro, dono da lama
Todos sentados esperando
Que Deus lave suas almas
Não tem sonho pra sonhar
E o pai se orgulha do filho
Dono do morro, dono da lama
Todos sentados esperando
Que Deus livre suas almas
Não tem sonho pra sonhar
E o pai se orgulha do filho
Dono do morro, dono da lama