Doce de côco
Juliana zanardi
Venho implorar pra você repensar em nós dois
Não demolir o que ainda restou pra nós dois
Sabes que a língua do povo é muito mais traiçoeira
Quer incendiar desordeíra atear fogo ao fogo
Não demolir o que ainda restou pra nós dois
Sabes que a língua do povo é muito mais traiçoeira
Quer incendiar desordeíra atear fogo ao fogo
Tu sabes bem quantas portas tem meu coração
E os punhais cravados pela ingratidão
Sabes também quanto é passageira essa desavença
Não maltrates o amor
Se o problema é pedir, implorar
Vem aqui, fica aqui
Pisa aqui neste meu coração
Que é so teu, todinho teu
E o escorraça e faz dele de gato
E sapato e o inferniza e o ameaça pisando, ofendendo, desconsiderando descomposturando com todo o vigor
Mas se tal não bastar o remédio é tocar
Este barco do jeito que está sem duas vezes se cogitar
Doce de coco meu bom bocado meu mau pedaço de fato
És o esparadrapo que não desgrudou de mim
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