Rodeio das entoradas
Juliano gomes
Aperto a cincha e alço a perna
Na primavera, fim de setembro
De uma novilha, florão de pampa
Que traz na estampa, um ventre vazio.
Na primavera, fim de setembro
De uma novilha, florão de pampa
Que traz na estampa, um ventre vazio.
Pego-lhe o grito numa canhada
E dentro do mato, vai retumbando
Salta uma ponta de rês falhada
Direto à aguada, vai retoçando!
Mugindo o gado, busca a coxilha
E um touro pampa num jeito guapo
Ritual de campo que se alvorota
Costeando a grota, sente o olfato!
A marcha segue, rumo ao saleiro
E pra um campeiro, é lindo ver
O sol saindo e um vento quente
Que toma a frente, no amanhecer.
Somente a estância, assim torena
Retrata a cena rudimentar
Parar rodeio com a ciência
E não muda a essência do natural.
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