Eu não
Julinho gomessem que se va
nao pode mais
vejo e quero
longe, perto
posso, sim
mas não
não é assim
apenas sigo e faço
o que é certo
ou deveria ser
vou longe esqueço
quando vejo corro
não posso seguir
sem ser triste
Me persegue até quando
Sei lá!
Um dia some
e com alguém
talvez ninguem
não eu
Feito as linhas do papel
que sem nada falam tudo
o branco e o azul do céu
Vi meu mundo
Ali naquele olho
Tão lindo
Quanto ao seu
É inútil persistir
Foi como veio
Se vejo sinto só
Toda vida de repente
Dentro ali estava só
Sem mente não é certo
Erros tão inúteis
Pouco importa agora tudo
que acontece quando se ama
ou odeia
Feito as linhas no papel
Que sem nada falam tudo
No branco da luz de um céu
limpo bem longe
da minha mente suja
e fria
voa a vida
Grande labirinto
cores quentes vivas
E eu
Não
Sei que a tontura existe
Que a loucura é um mal
Sei que não pode se ver
Mas o espelho não mente.
Feito as linhas do papel
que sem nada falam tudo
o branco e o azul do céu