Kalu

Cantora de banheiro

Kalu
Ela é terremoto sem causa,
sinfonia sem pausa
e a louça que eu lavo depois do jantar.

Ela é a certeza indevida,
a data esquecida,
é um pedaço de mim de frente pro mar.

Sorrimos com qualquer bebida,
deitamos, brindando a vida
e só dormimos quando não dá mais.

Sonhamos coisas parecidas,
fingimos nossas despedidas,
brigamos, brincando com a paz.

Quando eu menos espero,
ela deita e chama.
Eu me recupero sem lembrar da fama.

Quando ela canta no chuveiro depois da cama,
eu passo o dia inteiro sem pensar em grana.

Faz agosto virar fevereiro
e o meu corpo ser teu por inteiro, sem pudor.

Faz agosto virar fevereiro
e o meu corpo ser teu por inteiro, com amor.

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