Dona
KaraguattáSonhos, sempre verdadeiros
Dona, desses animais
Dona, dos seus ideais
Pelas ruas onde andas
Onde mandas todos nós
Somos sempre mensageiros
Esperando tua voz
Teus desejos uma ordem
Nada é nunca, nunca é não
Porque tens essa certeza
Dentro do teu coração
Tã, tã, tã, batem na porta
Não precisa ver quem é
Pra sentir a impaciência
Do teu pulso de mulher
Um olhar me atira à cama
Um beijo me faz amar
Não levanto, não me escondo
Porque sei que és minha, Dona
Dona desses traiçoeiros...
Não há pedra em teu caminho
Não há ondas no teu mar
Não há vento ou tempestade
Que te impeçam de voar
Ente a cobra e o passarinho
Entre a pomba e o gavião
O teu ódio, o teu carinho
Nos carregam pela mão
É a moça da cantiga,
A mulher da criação
Umas vezes nossa amiga
Outras nossa perdição
O poder que nos levanta,
A força que nos faz cair
Qual de nós ainda não sabe
Que isso tudo te faz, Dona