Faces da pauliceia
Lailton araújo
Pássaros invadem águas paradas
É o ibirapuera
Indígena, voltei
Com mala e coragem
A tímida brisa da manhã
Descontrai
Corações apaixonados
Outros magoados
Uns buscam meditação
Alguns, nova paixão
É o ibirapuera
Indígena, voltei
Com mala e coragem
A tímida brisa da manhã
Descontrai
Corações apaixonados
Outros magoados
Uns buscam meditação
Alguns, nova paixão
Pauliceia das mil caras
Éticas, outras tão falsas
Estela, maria, josé
Nomes e falas
Que se perdem nas rimas
Como crianças órfãs
E o amor
Carência é um fato
Declarações de afeto
Existem
Mas, não passamos de insetos
Nas frias manhãs de outono
Enamorados buscam calor
Que lhes foi esbanjado
Sem o toque dos corpos
Meninas e meninos ficantes
Malabaristas humanos
Miram-se nas cores
Que anunciam a nova estação
Uns buscam meditação
Outros, nova paixão
Pauliceia, mês de maio
E a vida persiste
Na transformação
Ibirapuera
Na selva de pedra
Soa selvagem e moderno
Como o punk, o rap
E a "moda" na avenida
Eretos
Nas velhas formas de picasso
Mas, desprovidas de visão
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