Laylah arruda

Humano baldio

Laylah arruda
Diálogo passado
Homem e natureza harmonizado
Orgânico, planta, colhe, come, sustenta a fome
Tem pra todo mundo
Terra tem de sobra
Vendo faz barulho
Água que transborda
Translúcida, úmida
Meandrante, abundante, constante
Lava corpo, alma, pele, sede, fé
Profetiza, mas não adivinha
O que está por vir
Máquina de construir
Máscara de evoluir
Demolir, demolir

Morre cultura, monocultura
Girando o arado
Cabeça de gado
Pés e mãos atados
Por quem controla o preço do barril
Quando viu, nem viu
A lama veio e destruiu
Tsunami a montante
Como nunca se viu
Civil, correu, fugiu, partiu

Defronte a natureza é hostil
Humano baldio, humano baldio, baldio
Se a consciência é volátil
Humano baldio, humano baldio, baldio
Veneno em nossa terra tão fértil
Humano baldio, humano baldio, baldio
Corrompe a vida desse doce rio
Humano baldio, humano baldio, baldio

Tupinambá, tupinikin, guarani
Krenak não bebe mais ali
Samarco marco de morte
Sem suporte
De pindorama pra cabral
É veracruz
Aracruz conduz ao deserto verde
Árvore no seu quadrado
Pra fazer papel retangulado
Onde escrevem as leis
De quem? Pra quem? Por quem?

Defronte a natureza é hostil
Humano baldio, humano baldio, baldio
Se a consciência é volátil
Humano baldio, humano baldio, baldio
Veneno em nossa terra tão fértil
Humano baldio, humano baldio, baldio
Corrompe a vida desse doce rio
Humano baldio, humano baldio, baldio

Nos enterraram na selva de pedras
Nossa mão da terra, nossa mão da terra

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