Sereia
Léo versolato
Quero ver se nada de braçada
Vingou o pano dessa raiva?
Virou algo que falou?
Que só de ver, deu pena, se gabava
Dos falsos sonhos que cantava
Mas, meu bem, pó restou
Vingou o pano dessa raiva?
Virou algo que falou?
Que só de ver, deu pena, se gabava
Dos falsos sonhos que cantava
Mas, meu bem, pó restou
E cá, eu leve e seco na calçada
Você, puxando maré brava
Vê só, a vida quem vingou?
Quem vai dizer que não descompassava
Você, que sempre suspeitava
Do meu céu, pobre amor
Não, meu bem
Hey? Será que um peixe passou?
Ainda parei de quina
E apontei na mira
Fisguei o anzol
Hey, se pá ninguém me contou
Não me liguei na sina
Sereia não faz rima
Navegador
Hey, se pá ninguém te contou
Esmola muita é teia
É lama a tua areia
Cegou farol
Mas, se a perna não mais bambeia
A onda morre no atol
Descoloriram teu sol
Volta pro mar
Vai, amor
No fundo coral
De pranto, de sal
A fome das naus
À beira do mal
(Meu bem)
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