Pitaluga de luzeiro
Lisandro amaralPros cavalos dei arreios e pra elas levei flores
Meus cavalos me levaram, junto ao destino de andar
Nos cavalos tenho a vida, preso a vida meu cantar
Pitaluga de luzeiro, um gateado escarceador
Vem nas bragas fulgurando, traços rubros de uma flor
Pitaluga de luzeiro, com luzeiros no olhar
O que ele traz nos olhos, trago eu no meu cantar
Canto mais um pingo bueno, companheiro de jornada
Quando levo o pé no estribo, eu garanto a gauchada
Se eu tapeio o aba-larga, por garboso abano a crina
E campeio a flor mais xucra para trança de uma china
O maior dos meus pecados, eu pequei por um encanto
Foi o roubo de uma flor, que floria um camposanto
Na mais alta cruz de ferro, palanquiei o meu bragado
Pela alma do meu flete, foi só meu este pecado
Pela flor que dei pra china, o pecado foi desfeito
Pois decerto o falecido, me perdoou deste malfeito
Espantou-se o pitaluga, quando a china fez a carga
Por um beijo nem deu tempo de sacar meu aba-larga
Mais ouvidas de Lisandro amaral
ver todas as músicas- Décima pa'l Altamir cardozo
- Peregrino
- Contrariedades
- Do Meu Novo Adeus
- Chamando Tropa
- O Mesmo Sol
- No Garrão de Um Milonguear
- entre o basto eo Chapéu
- De cruzada
- Empurrando as Morena
- Razões de ser
- Da Estância Véia
- Rasga Diabo
- No Tempo do Quintino
- Tosando e Lidando
- Chote Fronteiriço
- Porteira a Fora
- Pela Voz do Campo
- Chamarrita Saudade
- Hospital de Guerra