Ludy

Pane

Ludy
Pane
entre o hoje e o amanhã nos movemos
e sempre vamos sós com o que temos em nós
e da altura de nossos sonhos,
um arco-íris e dois olhos tão tristonhos

já medimos a vida em gestos e atitudes,
queremos beijos, às vezes soam tão rudes
queremos ventos, às vezes são temporais
sentimos dores, e de repente doem mais

somos de carne e de tempos sem noção
de qualquer tempo que comanda a ilusão
pequenos fios inflexíveis emaranhados
do ontem aos nossos planos abortados

malogrados, suprimidos, abolidos
desistidos, fracassados
pelo ralo escorridos
eliminados humilhados
beijando a lona do tatâme
entrando em pane
em pane, pane, pane
pânico.

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