Natalina
LuhliIr num trenó puxado a rena e ver a terra lá do céu
Cada Natal eu nasço com Jesus Menino
Já reclamei com o destino, quero um dia só pra mim
Sem rabanada, sem musiquinha de sino
Sem o porre, o corre-corre, sem pinheiro no jardim
Sem pisca-pisca de luz, sem purpurina,
Panetone, celofane, sem promessas de papel
O que eu queria era não ser Natalina
E cantar meu parabéns sem misturar com Jingle Bell
Queria mesmo era namorar Papai Noel
Ir num trenó puxado a rena e ver a terra lá do céu
Quebrar o gelo, descobrir se o bom velhinho
Embaixo da roupa vermelha é, afinal, tão velho assim
Dizer a ele, depois de muito denguinho:
- Ô, Noel, vê se me arranja um diazinho só pra mim
Sem lero-lero, comércio, demagogia
Pra poder ter a alegria de nascer e ser alguém
Que é covardia competir nesse meu dia
Com aquele menininho que nasceu lá em Belém!
Queria mesmo era namorar papai Noel
Ir num trenó puxado a rena e ver a terra lá do céu
E descobrir que essa estrela brilha e ensina
Num céu com lugar pra todo mundo, porque não o meu?
Eu e Janis Joplin, tanta gente boa e fina
Que também é Natalina, isso é destino que Deus deu
E agora que a vida já me namora
Quando chega a minha hora já não acho assim tão mal
Pois acabo ganhando de carona coisa à beça
Ganho até peru de graça e fica feliz meu Natal
(Pago em 3 vezes em entrada meu aval celestial
Entra ano e sai ano e Natal é sempre igual
E eu, que não sou Jesus nem nada, tomo um porre colossal!)