Dias
Luis lima
uma vida na palma da mão uma pedra na planta do pé
um trabalho num palmo de chão na lombada um punhado de fé
sangra sangue quem tem coração quem aborda no peito a maré
quem do amaro extrai a canção está pronto para amar a mulher
pra o que der e vier
um trabalho num palmo de chão na lombada um punhado de fé
sangra sangue quem tem coração quem aborda no peito a maré
quem do amaro extrai a canção está pronto para amar a mulher
pra o que der e vier
dias dias passando a correr dias dias que não vão parar
dias dias de sol a nascer dias dias que a lua finda
eu sonhava querendo crescer achava que o mundo tudo ia me dar
minhas sobras dei sem vender o tempo a verdade me veio tomar
sem me avisar
dias tantos dias tantas vias como veias de vidas que se vão
em outras que virão com os dias
dia dia à dia passará passará passará passará
herdeiro ficará
a esperança hoje faz lotação e segue para um rumo qualquer
quem perde tarda estação faz de sua morada uma praça da sé
pede agora um cigarro um pedaço de pão ou um troco pra um gole de café
ou quem sabe uma droga porta prisão
ou um outro veneno que tiver
melhor solução
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