Luisão

Vai que de repente

Luisão
E se acontecer de dar certo
E nossos dedos se encaixarem bem
E nossos pés dispensarem os traços
Que ensinam a dança
E rodarem tontos por todo o lugar
Onde a gente, de repente, pode se encontrar.
Por sorte, destino ou engano.
Vai que, de repente, eu te amo.

Vai que acontece eu chegar
E aparar seu corpo antes do chão
Ou, ao me ver, ainda no ar,
Você criar asas
Passar rasante assustando a platéia
E pela mão, de repente, por descuido ou surpresa.
Você me carregar pra qualquer canto
Vai que, de repente, eu te amo.

Pode ser do acaso brincar com a gente
E empurrar as paralelas das nossas vidas
Criando um ponto em comum
Vai que, perdido, eu embaralhe as frases.
E embaralhado em alguma delas você me ache
E transforme essa vida engasgada em um canto
Vai que, de repente, eu te amo.

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