Fazenda são francisco
Luiz carlos e arandaNas bandas do rio da Morte,
Com outro caminhoneiro,
Traquejado no transporte.
Fui buscar uma vacada,
Para um criador do norte,
Na chegada eu presenti,
Que era dia de sorte,
Depois do embarque feito só ficou um boi de corte.
O mestiço era bravo,
Que até na sombra investia,
E a filha do fazendeiro,
Mordendo os lábios dizia.
Eu nunca beijei ningüém,
Juro pela luz do dia,
Mas quem montar esse boi,
E lhe tirar a valentia,
Ganha meu primeiro beijo que darei com alegria.
Vendo a beleza da moça,
Meu sangue ferveu nas veias,
Eu calcei um par de esporas,
E passei a mão na peia.
Peguei o mestiço a unha,
Rolei com ele na areia,
Enquanto ele esperneava,
Fui apertando a correia,
Mas quando sentei no lombo foi que eu ví a coisa feia.
O boi saltou a porteira,
No primeiro corcoviado,
Numa ladeira de pedra,
Desceu pulando furtado.
Saía linguas de fogo,
Cheirava chifre queimado,
Quando os cascos do mestiço,
Batiam no lageado,
Parou berrando na espora ajoelhando derrotado.
Pra cumprir sua promessa,
A moça veio ligeiro,
Me disse: "você provou,
Ser peão de boiadeiro".
Dos prêmios que eu vou lhe dar,
O beijo é o primeiro,
Sua boca foi abrindo,
Seu olhar ficou morteiro,
Nessa hora eu acordei abraçando o travesseiro.
Mais ouvidas de Luiz carlos e aranda
ver todas as músicas- Mini Saia
- É POR VOCÊ QUE CANTO
- À Sua Maneira
- Fazenda São Francisco
- Ficar por Ficar
- Locutor
- No quarto onde eu te amei
- Alguém Me Disse
- Alô Tô Num Bar
- Não Faz Isso Não
- Palavras
- 60 Dias Apaixonado / Fazenda São Francisco
- Ai Nois Tah Fudido
- Amor Perfeito
- Cachaça
- Ela não vai mais chorar
- Flôr da Manhã
- Lembranças de Amor
- Moda de Viola
- Sem Você