Luiz fernando e joão pinheiro

Precioso diamante

Luiz fernando e joão pinheiro
Fiz um rancho barreado, da cidade bem distante
Beirando Sapucaí, de belezas deslumbrantes
A cerca eu fiz de bambu, cortei na lua minguante
Se cortar na lua boa, ele não caruncha atoa, por isso dura bastante

A fartura que eu tenho, de tudo é abundante
Horta adubada de esterco, não uso fertilizante
Rapadura no café, não precisa de adoçante
Plantei até uma touceira, boa de erva cidreira, me serve como calmante

Água brota lá nas pedras, a polegada é constante
Vem de queda natural, chega pura e cintilante
Guardo carne na gordura, esse é meu conservante
Tiro leite com fartura, pra fazer manteiga, eu mesmo sou fabricante

Às vezes saio à noitinha, quando a lua está brilhante
Na canoa de um pau só, que só cabe um tripulante
Eu levo uma fisga boa, afiada e bem cortante
Nas moitas de caeté, onde esconde o jacaré, chego por trás da vazante

Com essa vida que eu tenho, vou levando a idade adiante
Sei que a vida na cidade, não compara a do sitiante
A minha felicidade, não tem nada que espante
Sertão bordado em ouro, é o mais rico tesouro, meu precioso diamante

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