Enchente
Luneta vermelhaSenti vontade de olhar de canto
Do ombro do corpo não vi horizonte
Esse corpo é lugar, é matéria
É descida aonde dava enchente
Outro lugar de sabedoria
Era em quadrado, e eu era círculo
Enchia os olhos de ver de longe
Mas aqui amiga, sou eu é que estou de dentro
Sei como é a dor de não ser gente
Sei de um mundo, onde o saco de lixo é preto
Esse corpo é lugar, é matéria
É descida aonda dava enchente
É caminho, é servido
É sugado, é calado
Se vê como o cristo
Tem dó do que bate
Não tenho outra face
Já morri, já matou
Me larga, melarga
Esse corpo é lugar, é matéria
É descida aonda dava enchente
Outro lugar de sabedoria
Era em quadrado, e eu era círculo
Enchia os olhos de ver de longe
Mas aqui amiga, sou eu é que estou de dentro
Sei como é a dor de não ser gente
Esse corpo é lugar, é matéria
É descida aonda dava enchente
É caminho, é servido
É sugado, é calado
Se vê como o cristo
Tem dó do que bate
Não tenho outra face
Já morri, já matou
Me larga, me larga