Retratos do mundo paralelo
Mãe terra
Trabalho de camelo, mas eu vou me deslumbrar
A minha recompensa no banco não cabe mais
Com minhas obras prima o meu povo ajudar
Eu amo meu salário, quero superfaturar
Mas sempre pensando no futuro da nação
Minhas malas no aeroporto não carregam roupas não
A minha recompensa no banco não cabe mais
Com minhas obras prima o meu povo ajudar
Eu amo meu salário, quero superfaturar
Mas sempre pensando no futuro da nação
Minhas malas no aeroporto não carregam roupas não
Eu vivo, vivo no mundo paralelo
Onde ninguém pode, me deter
Por isso, vou assinando os meus acordos
São retratos
Eu vivo no Distrito, mas gosto de viajar
Da mansão do Morumbi pra minha casa beira mar
Andando em São Paulo é quando paro no sinal
A criança esperançosa bate no vidro do jaguar
Eu abro a frestinha e lhe dou uma moeda
Me sinto muito bem pois a consciência não
Pesa, não pesa não
Não pesa, não pesa não não não.
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