Manduka

Fábula

Manduka
De repente apareceu e meu deu um arrepio
Veio vindo para mim e em silêncio sorriu
Eu nada puder lhe dizer, nada pude em meu espanto
E ao me ver assim pediu que eu não me assustasse tanto
Que eu não me assustasse tanto
Que eu não me assustasse tanto

Sua voz ficou no ar, tudo em volta emudeceu
Eu achei em seu olhar as cores de um lugar
Distante quanto o meu

E aí mesmo lhe abracei e em segredo perguntei
Se era mesmo para mim, me disse que era assim, sorrindo que era sim

Quando ia lhe beijar deu um salto dos meus braços
E começou a dançar em seus tantos mil compassos
Tudo em volta se alterou, tudo em volta viu dança
Menos eu que me agarrei de São Jorge em sua lança

Mas São Jorge me negou e seu cavalo me avançou
Fui querer fugir dali, num tombo me perdi e a dança me pegou
Fui dançando sem parar e ela no lado sem parar
E dizendo que era sim, sorrindo que era sim, e as cores do lugar
De repente terminou sua dança endiabrada
Veio vindo para mim e me beijou envergonhada
Foi então que eu percebi ao lhe ver em retirada
Que ela era uma avestruz, um fantasma que penava
Que ela era uma avestruz, um fantasma que penava

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