O rap não tem culpa
Manos da velhaO que zé povinho achar de mim então zefini
Desculpe bem se não sou o que sempre quis
Ta bom eu sou um monstro vai se isso te faz feliz
Eu sei, os meios não justifica o fim
Falei que não era perfeito e eu não menti
O rap nunca exigiu nada de mim
Tudo que fiz por ele até hoje é por que estava a fim
Sou o universo em crise como o brown define
Meu trio é esperança nego nesse filme triste
Se o rap é um crime então sou réu confesso
Apenas mais um soldado nessa guerra de égos
Meu advento to ligado traz o seu regresso
Quem não tiver pecado atire o primeiro verso
Progresso prós meus, é só o que eu quero entendeu
Vá reclamar com Deus se eu sou problema seu
Dentro do coliseu mato um leão por dia
Tenho o coração fechado a prova de tirissa
Zé povinho rastrea mas não deixo pista
Meu rap é tipo gps pra quem esta na pista
Astalavista baby me exclua do face
Te deixei de saia justa né neguinho estilo gase
Tipo família grace estou pronto pro combate
Mais um will smith a procura da felicidade
O rap não tem culpa
Das minhas loucuras
É só uma rota de fuga
Pra sobreviver nas ruas
Mau o ano começou e já estou endividado
Na verdade ainda devo coisas do ano passado
Pensão aluguel cartão prestação do carro
Só o hip hop que segue em frente sem atraso
Na real, venho desde moleque, cantando rap
Acho que isso não me atrapalha nem mesmo o back vocal
Que bolei para a letra nova
Nem mesmo o tempo que perdi dando um dedo de prosa
Com a rapaziada que encontramos na estrada
Com mochilas sem ponto de partida ou chegada
Chegado olha como é simples a felicidade
Olha como é capaz viver com simplicidade
Onde á dignidade também existe estrutura
Onde existe verdade existe ternura
Cresci nas ruas, rimando e aprendendo com a malandragem
Periferia anos 80 única oportunidade
De ter uma visão correta de como a vida era
Viver e nunca dar guéla da vida na favela
Proceder e dignidade é o que cativa ela
Seu destino é serto de for zé ruela
Porem eu a ami, assim como a música
Sem os dois não conheceria a vida nem as ruas
Ambos me dão, estrutura, mental e social
Batizado carlos henrique conhecido nego cal
Na moral, não vou dar moral pra conversa alheia
Meus problemas já basta pra me deixar de cabeça cheia
Quero ficar com os pés na areia de bola de meia
Não me preocupar mais com a última ceia
Ser digno prudente e verdadeiro
Aprender amar mais a pessoa que vejo no espelho
Auto-suficiente consciente dos meus próprios erros
Por isso reso todos os dias de joelho
Deixa no gelo, sobre tudo concluo escuta
Dos meus problemas sei, que o rap não teme culpa
O rap não tem culpa
Das minhas loucuras
É só uma rota de fuga
Pra sobreviver nas ruas