A hora do lobo
Manuela moura guedes
Na urgência do hospital
É a hora do lobo
Chegam feridos e mortos
Nada de novo
É a hora do lobo
Chegam feridos e mortos
Nada de novo
São 3 da manhã
No banco do hospital
Sinto-me tão só
É normal sentir-me mal
Chegaste aqui
Com o teu sorriso macabro
Anestesio-te
Enquanto te abro
Sangrando da alma
Abro-te as entranhas
Vendo dentro de ti
As formas mais estranhas
Vieste até cá
Visitar-me ao posto
Gemendo, sofrendo
Rei deposto
Daria a minha vida
Para estares são e salvo
Saiba que ao amares-me
Serás uum bom alvo
Vou tentar curar-te
Vou deixar-te
Esquecer-te
Abandonar-te
Suturar-te
Enterrar-te
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