Bandoleiro ii
Marcelo bertagnolliOnde o sol quente queima o chão e não perdoam as miragens
Que surgem no calor
Longe numa cidade do interior
Sobre patas de cavalos que vinham de todo lugar
Pistoleiro e cowboy, bandido e mocinho
Se enfrentavam no saloon
Sob acordes a tocar, o bandoleiro a tocar
Foi assim naquele tempo, era assim naquela cidade
De um passado que não volta mais
Quando uma bala se perdia, quando a justiça se resolvia
Sem perdão... sem olhar pra trás
Sem olhar pra trás
Então chega um forasteiro de chapéu preto, aba larga
Um coldre na cintura, um Colt cavalinho
E sob a capa ele carregava
Entrou riscando o chão com uma espora prateada
Quando os olhares se perderam e o silêncio foi aceito
De onde veio aquele homem, olhar parado e sangue frio
E de onde estavam, todos se renderam
Apresentando o brilho da estrela no peito
Impondo a lei acima de qualquer suspeito
O ontem, o hoje, a madrugada e as manhãs
São alguns motivos que me levam a pensar
"O que será do amanha?"
"O que será... como será o amanhã?"
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