Marcelo junckes

As criancinhas estão brincando na beira do abismo

Marcelo junckes
Não esqueça de tentar
Não ser igual a quem você seria
se fosse igual aqueles que pensam
que a vida é andar em círculos
onde a fé, é a caridade do impossível
e o ócio a pretensão dos imprestáveis

Regue o teu orgulho
Com a incerteza do amanhã
Os fatos já não dizem nada
Não faço o mal pra não ficar
Como os barcos que navegam
Por mares rasos e imundos
E sentem pesar o seu casco
Com os parasitas que se acumulam
Como vermes procurando a carne podre
Pra poder se alimentar

Eu nem tenho aonde ir agora
As ruas me parecem iguais
Eu preciso ir embora
Antes que descubram
Todas as minhas diferenças
Podem me crucificar
E nem dar tempo de beber
O vinagre amargo da esponja


o que restou é um precipício
as armadilhas do caminho
corroídas, já não pegam os que estão despreparados
o inimigo agora é um posso de virtudes,
esperando alguém sincero
que ás venha possuir. vamos fugir daqui!!

ve se cuida de mim
ve se cuida de mim
depois me deixe por ai
pra que eu possa ver inteiro o amanhecer

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