Odisséia
Marcio bragança
Não sei de notícias, nem de crimes ou delícias
Que te toquem o coração, nem sinal, nem frisson
Não vejo olhar de espanto, nem frio na barriga
Enquanto eu canto a solidão do ateu e do cristão
É a vida perdendo o sal, doce deixando a vida
Sangue de cristal líquido nesse olhar de platina
Que te toquem o coração, nem sinal, nem frisson
Não vejo olhar de espanto, nem frio na barriga
Enquanto eu canto a solidão do ateu e do cristão
É a vida perdendo o sal, doce deixando a vida
Sangue de cristal líquido nesse olhar de platina
Capitulamos mais esse dia e como há dias por vir
Você verá da janela do trem
O futuro exterminar o cinema onde você já chorou um dia: Singing in the rain...
Crises totais, falanges notívagas vagam sem rumo
Sem dor, sem assunto, sem deuses, sem vida
Pensei te falar há tempos, então ficou só no pensamento
Eu não falei de nada pra você
Só pirâmides do Egito, os Vedas e os monólitos de Stanley Kubrick: Odisseia final
Você não é só um detalhe, nem é capa de revista
É só esse véu nos olhos, tire e mire o céu
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