Márcio lugó

O sobrevivente

Márcio lugó
Já foi um homem procurado
De sonho aguado
Pegava dinheiro como solução
De noite, de dia
Até que foi em cana
Foi preso em flagrante: Já pra detenção!

Chegando lá mudou de lado
Se fez comportado
Um tanto humilde e sem distrair
Cumpriu a pena
Na certeza que não voltaria pra cela abafada
Depois de sair

Depois que os anos se passaram
Então liberado
Os olhos embaçados naquele clarão
O preto no branco
Já não se distingui
O cinza toma conta da situação

Sua vida caminhava
Com aquele retrato
Receita manjada de televisão
Reverência bovina
De todas as noites
Onde será que vai essa nação?

Enfim estranho recado
Lhe foi deixado
“A indiferença é o que rege a população”
De passado e futuro desacreditado
Agora é esperança de revolução

Encontrou algum erro na letra? Por favor envie uma correção clicando aqui!