Marco andré

Brancura

Marco andré
Nem sei por conta de quando
a lua acenou pra mim
que o olho da noite é branco
e a boca do sol é carmim.

Eu vim, eu vim,
montado no rabo da arraia.
Não carece virar dia, maninha,
pra gente se banhar na praia.

O clarão que faz no mar,
o olhar do bem-querer
brilha só pra disfarçar
o fogo de quem te vê.

Pelo fundo dos teus olhos,
enxerguei meu coração
que viajou pelos poros,
pelos dedos da tua mão,
clareando a cor da vida, maninha,
que nem neve e algodão.

Branquinha, branquinha,
branquinha, do amor alvinha,
caiada de lírio branco,
de riso franco, flor cristalina.

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