Homem sem canção
Marcos borriCadeiras vazias, velas acessas
Silêncio impuro, em seu lar escuro
Encostado num canto de mundo
Versando solidão
Solidão
Alma desnuda, tão sem gesto, sem calor
Vive o frio das madrugadas
Encolhido em seu rancor
Sem canção, nenhuma mão
Sem o olhar de quem cobiça o amor
Longe de um instante raro, de um dia claro
Seu grito no vazio é eco
O Só na multidão é frio
Lágrima contida é nó
Na garganta desse homem só
Seu grito no vazio é eco
O Só na multidão é frio
Lágrima contida é nó
Na garganta desse homem só
Seus sonhos vazios
Recorrem
Sem dor, sem amor
É o nada
É a sombra do nada
Não vive nem morre
Finge viver entre as vinhas nobres
Esse é o seu buquê, é o seu porquê
Seu tudo: frio e vazio
Ausência de sorriso, de paixão
Esse é o homem sem canção
Seu grito no vazio é eco
O Só na multidão é frio
Lágrima contida é nó
Na garganta desse homem só
Seu grito no vazio é eco
O Só na multidão é frio
Lágrima contida é nó
Na garganta desse homem só