Marcus manzoni

Os zóio na lua

Marcus manzoni
Quando eu canto milonga
Cresço uns metros de altura
Vou chateando os gaudérios
E ninguém mais me atura

Boto rima no mate
E milonga nos dedos
Que o bordão vem me bate
Me ensinando um segredo

Milonga é solta das patas
Campereia no mundo
Vem e vai e maltrata
Um coração vagabundo

De um milongueiro solito
Que não tem nem pro pito
Mas num grito de aflito
Ele canta bonito

Se eu canto milonga
É porque tudo se alonga
E eu boto os "zóio" na lua
Se eu canto milonga
É porque tudo se alonga
E eu saio gritando na rua

Quando eu canto milonga
A alma véia prolonga
A cordeona dá crias
Me desova poesias

Solo se sabe que era
Minha vida tapera
Quando me fui pro galpão
Proseando com o violão

Me orgulha o pampa e o rio grande
Nunca vi nada igual
E onde quer que eu ande
Sempre me chamam "bagual"

Um milongueiro solito
Que não tem nem pro pito
Mas num grito de aflito
Ele canta bonito

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