Maria bethânia

Pombo-correio

Maria bethânia
Soltei meu primeiro pombo-correio
Com a carta pr'aquela mulher que me abandonou
Soltei o segundo, o terceiro, meu pombal terminou
Ela não veio nem o pombo voltou

Depois que aquela mulher me abandonou
Não sei porque minha vida desandou
Meu canário morreu, a roseira murchou
Meu papagaio emudeceu, o cano d'água furou

E até o sol por pirraça
Invadiu minha vidraça
E o retrato dela desbotou

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