Rave no sertão
Mariana nunesNo forró da Mãe Joana, na Fazenda do Irará
Foi todo mundo, foi Raimundo, foi Betânia
Foi Fulano, foi Beltrana, todo mundo tava lá
Tinha jagunço, cabra macho, taturana
Pé-de-valsa, pé-de-cana, pé de tudo quanto há
Zé da Zabumba e o cego da sanfona
Chico Preto com sua dona não parava de dançar
É dois pra lá, é dois pra cá
Segura a moça, deixa o xote balançar
É dois pra lá, é dois pra cá
Segura a moça, deixa o xote balançar
E a poeira foi subindo igual foguete
Eu pensei que aquela gente nunca mais fosse parar
Até o padre viu o xote da menina
Encostou sua batina e encoxou até raiar
A nossa rave durou toda a semana
Rasta-pé movido à cana não tem hora pra acabar
O nosso ecstasy advém é da mandioca
Nosso erva é da paçoca e o nosso pó é o guaraná
É dois pra lá, é dois pra cá
Segura a moça, deixa o xote balançar
É dois pra lá, é dois pra cá
Segura a moça, deixa o xote balançar
É chá, é chá
Segura a moça, deixa o xote balançar
É chá, é chá, é chá
Segura a moça, deixa o xote balançar